quinta-feira, 1 de outubro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

sábado, 19 de setembro de 2009

Os bonecos estão invadindo o mundo...

cuidado com os bonecos...
Animação com boneco curtinha, mas legal que o Red Nose studio fez.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009




Gente, achei o máximo o trabalho do ilustrador Carlos Meira. Essas esculturas são feitas em papel e muitas são vinculadas em propagandas como a do Zé gotinha. Pra quem quiser confirir o blog do Carlos Meira http://www.carlosmeirailustrador.blogspot.com/



Bem legal a exposição "This must be the place" com curadoria da revista americana Faesthetic.




sábado, 5 de setembro de 2009

Sempre gostei de bonecas

Engraçado como algumas coisas são visíveis na gente desde pequenos e não mudam com o tempo. Gostar de bonecas é umas dessas coisas na minha vida. Mas não me lembro das minhas brincadeiras com elas, me lembro de como ficava fascinada olhando como cada uma se comportava. Como se mexiam, como eram as articulações em cada tipo de boneca e gostava daquelas que tinham o maior número de articulações e mexiam mãos, antebraço, cintura, pernas e joelhos... Podia gastar um tempo só vendo essas coisas. Até hoje posso gastar um tempo com isso rs Pena não ter dindim pra gastar com elas rs
Mas as bonecas também povoaram meus pensamentos pavorosos. Numa das férias no Paraná, na família do meu pai, conheci várias meninas por lá que eram minhas primas distantes. Uma delas tinha o quarto lotado de bonecas nas prateleiras, muitas bonecas. Acho que ela deve ter percebido minha cara de oásis olhando pras bonecas e então me alertou que as bonecas podiam falar e se movimentar à noite enquanto dormíamos, mas só enquanto dormíamos. Eu fiquei apavorada com a ideia, já que muitas bonecas tinham cara de chucky. Passei a noite acordada, mas nenhuma boneca se manifestou... é claro, disse minha prima, enquanto eu estivesse acordada, as bonecas não seriam burras de se mexer... Foi um tormento para mim por muitos e longos anos...
Adorava também as bonecas de papel, qualquer dia eu conto delas.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Apesar de não ser tão novinho deixo com vcs um mimo...

Ahhh férias.... uma semaninha de férias completa, sem estudo e trabalho, tá bom demais né gente??!!

Pois apresento meu novo vício... coisa pra divertir e mexer com a cuca :) E ainda prestar homenagens póstumas rsrs



PAPER TOYS!
É isso mesmo! É coisa de nerd? Não sei, mas é very nice!
Este foi meu último projeto... Windmill, Holland

Tô pensando em fazer agora a casa do filme Psicose e depois que tal este? Muita audácia a minha?? rs Pois vai ser este mesmo q vou fazer.

Depois coloco fotos ou não.


Tem uns sites bem legais de brinquedos de papel, deixo aqui alguns links:


http://cp.c-ij.com/en/contents/1006/ Este site da Canon é bem legal e dá pra baixar de graça os modelos que ficam divididos por categorias. Tem uns que são sinistros demais, mas nada que uma mente doente não tire de letra. Será??!! ;)


http://www.creativecloseup.com/100-exceptional-free-paper-models-and-toys Aqui vc encontra 100 modelos de paper toys para baixar de graça. Tem dos mais simples até os mais cavernosos.


E um dos meus blogs preferidos que é o Blog de Brinquedo que se divide em milhões de categorias inclusive brinquedos de papel. http://blogdebrinquedo.com.br/category/papel/page/2/


Fica aí a dica para ocupar nossas mentes pântano nas férias.

domingo, 26 de abril de 2009



Vou postar um artigo da Fernanda Young que me trouxe alívio por não estar sozinha no mundo. rsrs
      

Hamlet em um domingo até que razoável

Artigo da Fernanda Young na Revista O Globo de 26abr d 2009.

Chove desde cinco da tarde e eu devia estar satisfeita. Não é o que acontece pois tem uma festa de criança no prédio do lado. Torço por um domingo com chuva, mas imaginar um bando de criancinhas socadas num salão fechado, tendo pula-pulas ensopados do lado de fora, tudo por minha culpa, estraga meu momento. Não tanto quanto a trilha sonora da festa, que vem violentando meus ouvidos há horas. Então, acho, estamos empatados. Eu e as criancinhas. Posso me deliciar com a reconfortante sensação de que não há nada mesmo para fazer nesse domingo chuvoso, e elas estão perdoadas pelo terrível gosto musical. Quites. Todos com as suas devidas razões para estarem levemente aborrecidos com as coisas. No meu caso específico, aborrecimento, não é nem o termo, já que sofro dessa síndrome, rara, de detestar finais de semana. Assim, se começo minha ladainha, dificilmente paro antes de enumerar tudo o que há de insuportável nos dias. E receio ser tarde demais para evitar o assunto, agora que já usei adjetivos tão definitivos e rabugentos. Não custa, entretanto, antes, tentar me explicar: não, não sou inspirada pelo mal-estar. Jamais me permitiria ao vão masoquismo de cultivar dores para ser criativa. É claro que eu adoraria estar refestelada em alguma canga, enchendo o quengo de caipirinha, sem me importar se a música que preenche os espaços entre os corpos besuntados de protetor solar é vulgar, ou estimula ritmos que balançam panças e bundas frouxas, sexualizando o que há de menos sensual no mundo. Seria muito mais fácil lidar com o meu natural tédio domingueiro, caso conseguisse me agrupar em churrascos, eu sei. Mas se eu seria, dessa forma, mais ou menos feliz, não sei. Tornar-me um organismo que se adapta, tipo o que comemora gols em bares, faria de mim alguém que prefere domingos ensolarados? Seria eu mais feliz se não fosse a que sou, virando adepta do coltivo festivo? Haveria menos infelicidade, em mim, se eu não percebesse as injúrias cometidas, ou as traições dos interesseiros, e tudo o que o tempo traz de doloroso? Será que, para escapar da dor, devo logo abraçar a euforia da simples alegria de viver, e sair cantando refrões tolos pela própria felicidade da tolice?

Não, obrigada. Prefiro o tédio total ao conformismo preguiçoso da solução pelo coletivo. Prefiro nunca mais ir a festas do que me embriagar da burrice que alivia. Mil vezes carregar na alma esse vazio, do que tentar moldar situações, e pessoas idiotas, que caibam, por tempo limitado, nesse espaço vago. Que todos tem de nascença, ninguém escapa, pois, ora bolas, o que dói mesmo é ser sozinho no mundo, e isso é o que todos somos.

Porque amo tanto meu país, minha língua, é que me assusto com a capacidade de nos desviarmos do que é premente. Muita alegria escancarada nessas bocas, sabe? Alguém mais se incomoda com isso, além de mim? Heim? É muito triste sentir-se um espírito-de-porco, em meio a um exército de contentes.

Por exemplo, essas pessoas que fazem dos seus ciclos de separações e casamentos notícias que impulsionam o trabalho. Não pode. A não ser, claro, que o seu trabalho seja de se casar e se separar. Uma restrição de ordem da estética, não ética. É simplesmente feio ficar anunciando o encontro de almas gêmeas que dura menos que uma novela. Não é legal com aqueles que ainda acreditam nessas máximas românticas. Com os humanos normais, que sofrem o término das relações, e se deparam com a facilidade com que nossas celebridades curam suas feridas. Mais uma vez, penso, será que só eu reparo nisso? Gente, eu estou até hoje tentando me recuperar do término do meu primeiro namoro. E esse povo bronzeado e feliz já está, pela centésima vez, anunciando ter encontrado o verdadeiro amor, na orla da praia! Sério: o problema é comigo? Só eu que não sei jogar frescobol nesse país? Só eu estou atordoada por tentar educar crianças honestas, numa cultura que premia o oposto?

Enfim, e se me fosse ofertada a chance de não sofrer qualquer dor, aliviando os conflitos que a vida me trouxe, os amores que me largaram, e deixaram mágoas tatuadas n’alma, e consequente solução para o tal buraco que n’alma é feito? Antes de aceitar, hesitaria, como um Hamlet desajeitado: caso seja através da lâmina fria de um punhal, o.k., mas se for para ficar anestesiada em meio ao coro dos contentes histéricos, jamais.

É preciso dor para ser feliz sem ser idiota.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O que Midas tocou...
virou ouro...
sobre um pedestal...
intocável...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Silêncio...


A dor é na alma...



Uma imensa bofetada de mil pensamentos de uma só vez...



procuro pelo silêncio,



um senhor sábio,



vistoso



e com muita experiência nas costas...




...




por enquanto só encontrei a angústia!

??

wait... silence... quiet...



silence... quiet... wait...


quiet... wait... silence...














sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Morte e Vida Severina


O Retirante explica ao leitor quem é e a que vai:

— O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.

Mais isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.

Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.

Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.

Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.

E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).

Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,

a de querer arrancar
alguns roçado da cinza.
Mas, para que me conheçam
melhor Vossas Senhorias
e melhor possam seguir
a história de minha vida,
passo a ser o Severino
que em vossa presença emigra...

**

É dif'ícil falar sobre a morte... Mesmo sabendo que de tudo nesta vida, independente de onde você estiver ou quem for, a única coisa que provavelmente todos nós faremos um dia é morrer. E pensando nela me veio à mente a figura do meu anjo da guarda, aquele que anda comigo desde q passei a existir. Será que quando eu for ele ficará triste? Será que ele vai chorar, vai me abraçar e me deitar com cuidado? Acho que sim, mas não da maneira como faríamos, nós pobres mortais, aqui todos severinos. Eles devem ver a vida de uma forma diferente da nossa e com certeza se o assunto é morte, a diferença pode ser ainda maior. A diferença está numa única palavra... Fim! Já pararam pra pensar que esta palavra não deve ter o mesmo peso pra eles? Pelo menos não com o mesmo que damos ao Fim.
Outro dia eu assisti o filme do lindo do Brad Pitt, "O curioso caso de Benjamin Button", este filme me fez pensar sobre a morte. Quem não viu, sorry, corra pra ver. Achei interessante a forma como Benjamin Burton encarava a morte. O tempo de vida dele era ao contrário e talvez por ter sido criado num asilo, crescendo vendo todos a sua volta partindo, via a morte como um fato muito natural da vida. Ele não fazia perguntas do tipo por que minha vida é assim, ou por que fulano teve que morrer, ele simplesmente aceitava todas as coisas como se tudo fizesse parte de um presente que foi dado a ele, a vida! Seja ela do seu jeito, torta, ao contrário, do avesso, pobre, ou rica, severina ou não. Acho que o pulo do gato está justamente aí... enxergar a vida como um presente de Deus, aceitar quem somos, de onde viemos e viver a vida plenamente, um dia de cada vez, fazendo planos sim, lutando sim, para que o futuro chegue em cada dia mais feliz. (um pulo bem alto, concordo, mas vital)...
Olha só como vivemos no dualismo mesmo!! Eu vim aqui falar sobre a morte e terminei falando sobre a vida. O caso é que no dia em que conseguir enxergar melhor a vida, talvez eu passe a enxergar melhor a morte.
**
"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida
como a de há pouco, franzina
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."
João Cabral de Melo Neto